quarta-feira, 28 de outubro de 2009

149 focos de Gripe A numa semana


Devido ao aumento significativo deste número nos últimos dias, o Ministério decidiu revelar que foram detectados 149 focos de Gripe A em escolas de todo o país desde quinta-feira passada (22/10), contrastando com os 7 focos detectados na semana anterior.

Também se registou hoje à tarde mais uma morte devido ao vírus H1N1, desta vez tratando-se de uma criança de 10 anos, que veio a falecer no Hospital D. Estefânia, em Lisboa. Somam-se assim 4 vítimas mortais por esta causa.

Notícias como estas preocupam alguns pais, que têm pressionado as escolas com maior número de casos a fechar portas, para evitar novos contágios. Porém, convém relembrar que todos os anos se registam mortes devido à gripe sazonal, ocorrendo mais frequentemente em indivíduos vulneráveis entre crianças e idosos, facto que, pela pouca exposição social que normalmente tem, não causa toda esta agitação.

O Ministério revelou ainda que na semana de 19 a 25 de Outubro foram observados 4732 doentes com sintomas de gripe, nos serviços de saúde, sem distinção entre casos de gripe A e de gripe sazonal.



Imagem: Sapo.

segunda-feira, 26 de outubro de 2009

Primeiro dia de vacinação contra o vírus da Gripe A


Está tudo a postos: começa hoje a primeira fase de vacinação contra o vírus que tem atraído as atenções mundiais nos últimos meses (desde Março de 2009). Espera-se que cinco mil vacinas sejam administradas neste primeiro dia, num total de 54 mil doses nas próximas duas semanas, reservadas para grávidas no segundo e terceiro trimestres de gestação com patologias crónicas associadas, profissionais de saúde insubstituíveis e profissionais de outras áreas, indispensáveis ao normal funcionamento da sociedade.

Mas nem todos os candidatos a beneficiar desta medida demonstram intenção em o fazer, facto que preocupa os que têm vontade mas se sentem menos informados. É o caso de alguns profissionais de Saúde, principalmente médicos que alegam, por um lado, a baixa virulência desta estirpe de vírus, por outro, a inexistência de testes e dados relevantes sobre os efeitos secundários da vacina.

O controlo eficaz sobre quem toma ou não a vacina nesta primeira fase de vacinação é da responsabilidade dos Centros de Saúde, mais precisamente dos médicos de família que deverão passar uma declaração a todos os abrangidos, especificando o grupo de risco a que pertencem. Esta declaração é de apresentação obrigatória no local onde se procede à administração.

Segundo Francisco George, director-geral da Saúde, deverão ser administradas um milhão de doses até ao final do ano, o que corresponde na verdade à vacinação de 500 mil pessoas, já que a Autoridade Europeia do Medicamento diz que são necessárias duas doses para que a inoculação seja eficaz, com um intervalo de três semanas. Contudo, com a experiência poderá verificar-se que uma só dose é suficiente, o que levará a que um maior número de pessoas possa ser vacinada. Há, porém, a garantia de que todas as pessoas debilitadas serão vacinadas nesta primeira fase.

quinta-feira, 22 de outubro de 2009

"Grande Reportagem" SIC - "Em caso de Gripe (A)"



Para ver ou rever, esta foi a reportagem emitida pela SIC no domingo à noite, que revelou os bastidores do atendimento à Gripe A H1N1, desde o dia-a-dia da "Linha de Saúde 24" até aos procedimentos de um Centro de Saúde, e onde foram ouvidos doentes e profissionais.

terça-feira, 20 de outubro de 2009

Folhetos sobre a Gripe A em Braille




Numa iniciativa louvável, a ARS do Algarve, com a cooperação da Associação de Cegos e Amblíopes de Portugal (ACAPO), vai disponibilizar nas suas Unidades de Saúde folhetos informativos sobre a Gripe A em Braille, para que também os cidadãos com deficiência visual possam ter acesso à informação escrita sobre um assunto tão mediático e actual. Esta parceria não deverá ficar por aqui, já que a Gripe A, pela sua importância no panorama de saúde actual, será a primeira de outras temáticas que motivarão a elaboração de futuros folhetos.

Todos os custos de produção ficarão a cargo da ARS/Algarve, mas os folhetos serão traduzidos e impressos no centro de recursos da ACAPO em Lisboa.

Apesar de ser tão óbvia a sua necessidade, esta é uma iniciativa pioneira em Portugal. Esperamos agora que as ARS de todo o país lhe sigam o exemplo.

domingo, 18 de outubro de 2009

Gripe A em Reportagem


Hoje na Sic, depois do "Jornal da Noite", a "Grande Reportagem" terá como tema a Gripe A, prometendo dar resposta às principais preocupações dos portugueses, com especial enfoque na questão "o que fazer quando aparecem os primeiros sintomas?". Mais um momento de informação a não perder por quem pretende saber tudo sobre a doença.

terça-feira, 13 de outubro de 2009

A polémica da Indústria Farmacêutica


Já aqui falamos sobre a origem do vírus H1N1 da Gripe A, fazendo uma abordagem às várias perspectivas, entre as quais a polémica hipótese do envolvimento da Indústria Farmacêutica e de outros interessados, que estarão a lucrar com todo o alarmismo e até mesmo pânico gerado em torno do assunto "Gripe A". No seguimento dessa teoria, revelo agora aqui um vídeo de Julho de 2009 que resume o assunto narrando factos e conjecturando acerca da ligação entre eles.



Independentemente da polémica retratada neste vídeo, com a qual o leitor poderá ou não concordar, este termina com uma importante chamada de atenção para a Prevenção, que não deverá, apesar de tudo, ser descurada.

sábado, 10 de outubro de 2009

Que medidas de prevenção da Gripe A H1N1 devo tomar?


Depois de uma introdução à Prevenção da Gripe A dedicada às crianças e de termos visto como se transmite o vírus, é agora mais fácil compreender as medidas preventivas a tomar. Da explicação dada se deduz que há situações que propiciam o contágio, como uma falha na higiene das mãos, o contacto com objectos ou superfícies contaminados, a permanência em espaços fechados e pouco arejados, a proximidade e os cumprimentos entre as pessoas.

Um indivíduo com Gripe A pode contagiar outras pessoas durante um período relativamente longo, compreendido entre o dia anterior ao início dos sintomas e o 7º dia de doença, por isso, para além dos doentes evidentes, mesmo as pessoas mais insuspeitas podem estar a espalhar o vírus sem aperceberem e, sobretudo, sem que os outros o percebam. É por este motivo que as medidas de protecção devem ter lugar SEMPRE e em TODO o lado.

Eis o conjunto de atitudes que deve tomar, para se proteger ou, se já estiver doente, para proteger os outros:
  • Fique em casa se estive doente e contacte a Linha de Saúde 24.
  • Cubra a boca e o nariz com um lenço de papel ao tossir ou espirrar, usando o antebraço como alternativa mas nunca as mãos. Deite o lenço no lixo de imediato.
  • Lave as mãos com frequência, usando água e sabão, demorando mais de 20 segundos. Em alternativa, use toalhetes à base de álcool ou gel desinfectante.
  • Evite contactar desnecessariamente com pessoas com gripe.
  • Evite o contacto das mãos com os olhos, rariz e boca, se não estiverem lavadas.
  • Se estiver com sintomas de gripe evite cumprimentos como abraços, beijos ou apertos de mão e mantenha dos outros uma distância de pelo menos 1 metro.
  • Limpe com frequência os objectos e superfícies mais usados, utilizando os produtos de limpeza habituais.
  • Evite os espaços públicos fechados e pouco arejados.
Estes conselhos encontram-se em diversos tipos de cartazes sobre o tema, entre os quais o seguinte:




Como já foi referido noutro texto, a sensibilização das crianças para estas medidas é fundamental. Não deixe de divulgá-las na sua família.

sexta-feira, 9 de outubro de 2009

Como se transmite o vírus H1N1?


Para que nos possamos proteger do contágio pelo vírus da Gripe A H1N1, é essencial conhecer o modo como este se transmite, directa ou indirectamente.

A situação mais óbvia é a transmissão pessoa-a-pessoa, através de gotículas que são projectadas quando se tosse ou se espirra, daí a importância de o fazer sempre para um lenço de papel ou para o antebraço, cobrindo a zona da boca e do nariz, como iremos referir no próximo texto dedicado à Prevenção.

Uma vez que o vírus permanece nas superfícies durante 2 a 8 horas na sua forma activa, é possível ocorrer o contágio pelas mãos que toquem uma superfície contaminada com gotículas infectadas e posteriormente entrem em contacto com as mucosas, ou seja, olhos, nariz ou boca.

Por fim, importa esclarecer que o vírus não é transmíssível através da água para consumo humano, nem pela água de piscinas. Também não se transmite através dos alimentos.

quarta-feira, 7 de outubro de 2009

"Excesso de alarme e zelo" na resposta à Gripe A H1N1...



... foi o que disse ontem Pedro Nunes, bastonário da Ordem dos Médicos, à Agência Lusa. Salientou ainda que, tratando-se de uma gripe, é uma doença "banal e pouco letal".

Esta afirmação vem de encontro ao que já foi dito neste blog sobre a atitude certa a adoptar. Não nos podemos esquecer que a Gripe Sazonal é também de fácil contágio, afecta todos os anos um elevado número de pessoas e vitima também algumas delas, geralmente as mais fragilizadas, facto que, de uma forma geral, não deve assustar as pessoas nem gerar alarmismo, mas antes motivar uma atitude de prevenção e rápido controlo. O mesmo é válido para esta nova forma de Gripe.

O bastonário reconhece, porém, que esta foi (e está a ser) "uma oportunidade para criar algumas normas de educação cívica e até para implementar no terreno medidas de contenção para doenças eventualmente mais graves".


segunda-feira, 5 de outubro de 2009

A Turma da Mônica e a Prevenção da Gripe A


Uma das principais preocupações relativas à prevenção da Gripe A diz respeito às crianças, pois estas constituem um grupo vulnerável onde facilmente a doença se propaga. Sendo irrequietas e inexperientes, a maior dificuldade concentra-se na procura da melhor forma de lhes passar uma mensagem correcta sobre atitudes de prevenção do contágio pelo vírus H1N1. Para facilitar a tarefa, a Turma da Mônica veio dar uma ajudinha, neste vídeo dedicado aos mais pequenos.



Para completar, nada melhor do que uma canção que fica no ouvido, uma sugestão ali do Blog do Katano, para ver também aqui, ainda antes de abordarmos a temática da Prevenção da Gripe A neste blog.



sábado, 3 de outubro de 2009

Primeira fase de vacinação contra o vírus H1N1


Foi ontem anunciado pelo Ministério da Saúde português o início da campanha de vacinação contra o vírus H1N1, agendado para o próximo dia 26 de Outubro. Devido ao facto de o número de vacinas disponíveis estar dependente do ritmo de produção e distribuição pela indústria farmacêutica, esta campanha ocorrerá por fases, nas quais se dará prioridade aos principais grupos de risco e aos profissionais de saúde de importância essencial no controlo da pandemia da Gripe A.

Na primeira fase estarão disponíveis 49 mil doses, a administrar nos Centros de Saúde. Visto este número ser insuficiente para garantir a vacinação de todos os profissionais de Saúde e de toda a população de risco, o Ministério da Saúde, através da DGS (Direcção Geral de Saúde) e da Comissão Técnica de Vacinação, determinou que a campanha iniciará contemplando (citação):

  • "Profissionais de saúde, nomeadamente médicos e enfermeiros, que sejam considerados imprescindíveis e insubstituíveis, pela especificidade das funções que desempenham nos seus locais de trabalho. Só desta forma é possível assegurar o funcionamento dos serviços de saúde essenciais, face ao período previsível de aumento de procura de cuidados de saúde.
  • Grávidas no segundo e terceiro trimestres de gravidez, com patologias graves associadas.
  • Profissionais que desempenhem actividades essenciais, imprescindíveis e insubstituíveis, pela especificidade das funções ao normal funcionamento da sociedade." (citação)

Após a vacinação destes elementos, serão vacinados os restantes incluídos no grupo pré-definido:


  • "Grávidas do 2.º e 3.º trimestres, pessoas com doença crónica, doença cardíaca, respiratória, imunodeprimidos, obesidade, diabetes, etc.
  • Restantes profissionais de saúde e outros profissionais prioritários." (citação)
Para mais informação sobre os grupos abrangidos nesta primeira fase, consulte o Portal da Saúde e o Microsite da Gripe da DGS.

quinta-feira, 1 de outubro de 2009

Quais as diferenças de sintomas entre a Gripe H1N1 e a Gripe comum?


A distinção exacta entre os sintomas da Gripe A e os da Gripe comum não é possível, embora os doentes com o vírus H1N1 apresentem mais frequentemente problemas gastrintestinais, como os vómitos e a diarreia.

Segundo o Ministério da Saúde português, os sintomas de Gripe A são os seguintes:

  • Febre de início súbito (superior a 38ºC)
  • Tosse
  • Dores de garganta
  • Dores musculares
  • Dores de cabeça
  • Arrepios de frio
  • Cansaço
  • Diarreia ou vómitos (embora não sejam típicos da Gripe sazonal, têm-se verificado em alguns doentes infectados com o novo vírus H1N1).

Na imagem seguinte, retirada do site Portalis.co.pt, é possível comparar as variações na intensidade dos sintomas que geralmente se verificam nos dois tipos de Gripe:




Do mesmo site, retiramos um diagrama ilustrativo dos principais órgãos e sistemas afectados pela infecção do vírus da gripe A:



Se se sente mal-disposto e apresenta estes sintomas, ou pelo menos alguns deles, vá para casa e ligue para a Linha da Saúde 24 (número disponível na barra lateral), explique a sua situação e siga as recomendações que lhe forem feitas. Evite o contacto físico com outras pessoas e sobretudo não caia na tentação de se dirigir para o Centro de Saúde ou Hospital antes de ligar para a Linha de Saúde.