Está tudo a postos: começa hoje a primeira fase de vacinação contra o vírus que tem atraído as atenções mundiais nos últimos meses (desde Março de 2009). Espera-se que cinco mil vacinas sejam administradas neste primeiro dia, num total de 54 mil doses nas próximas duas semanas, reservadas para grávidas no segundo e terceiro trimestres de gestação com patologias crónicas associadas, profissionais de saúde insubstituíveis e profissionais de outras áreas, indispensáveis ao normal funcionamento da sociedade.
Mas nem todos os candidatos a beneficiar desta medida demonstram intenção em o fazer, facto que preocupa os que têm vontade mas se sentem menos informados. É o caso de alguns profissionais de Saúde, principalmente médicos que alegam, por um lado, a baixa virulência desta estirpe de vírus, por outro, a inexistência de testes e dados relevantes sobre os efeitos secundários da vacina.
O controlo eficaz sobre quem toma ou não a vacina nesta primeira fase de vacinação é da responsabilidade dos Centros de Saúde, mais precisamente dos médicos de família que deverão passar uma declaração a todos os abrangidos, especificando o grupo de risco a que pertencem. Esta declaração é de apresentação obrigatória no local onde se procede à administração.
Segundo Francisco George, director-geral da Saúde, deverão ser administradas um milhão de doses até ao final do ano, o que corresponde na verdade à vacinação de 500 mil pessoas, já que a Autoridade Europeia do Medicamento diz que são necessárias duas doses para que a inoculação seja eficaz, com um intervalo de três semanas. Contudo, com a experiência poderá verificar-se que uma só dose é suficiente, o que levará a que um maior número de pessoas possa ser vacinada. Há, porém, a garantia de que todas as pessoas debilitadas serão vacinadas nesta primeira fase.